O problema  é que a pessoa resolve planejar a sua aposentadoria somente quando está prestes a se aposentar. E o resultado disso?

O melhor é começar a planejar sua aposentadoria cerca de 5 a 10 anos antes da provável data de recebimento dela.

Isso porque existem muitas variáveis que podem interferir na data e no valor da sua aposentadoria, como:

➤ Demissão ou saída do emprego;
➤ Aumento no salário;
➤ Trabalho concomitante (trabalhar em dois lugares ao mesmo tempo);
➤ Exercício de atividade especial (trabalho com exposição a agentes insalubres ou perigosos);
➤ Trabalho no exterior, entre outros.

Para começar a se planejar é importante ter os seguintes documentos em mãos:
➤ RG;
➤ CPF;
➤ Comprovante de residência atualizado;
➤ Carteira de Trabalho (CTPS);
➤ Guias da Previdência Social (GPS) com seus respectivos recibos;
➤ CNIS corrigido com todas as informações.

No extrato do CNIS constam as seguintes informações:
➤ Todas os seus vínculos empregatícios a partir de 1976;
➤ Os recolhimentos como contribuinte individual a partir de 1979; e
➤ O valor das remunerações mensais a partir de 1990.

E por isso, é importante que nele estejam todas as informações corretas.

Além disso, o Extrato Previdenciário é muito importante, pois comprova:
➤ A data da sua filiação à Previdência Social;
➤ Os valores dos salários de contribuição da sua vida previdenciária;
➤ O tempo de contribuição e carência que você tem;
➤ Períodos de recebimento de benefícios previdenciários, como Auxílio-Doença.

E caso exista pendências no seu CNIS isso pode ser uma verdadeira pedra no sapato quando você for se aposentar, e pior, a sua aposentadoria pode vir menor do que você tem direito por isso.

Se você está com a Carteira de Trabalho certinha e/ou pagou todas as GPS, provavelmente os seus dados estão corretos no INSS.

Mas em alguns casos, o INSS pode ter um problema no processamento de dados ou a própria empresa que você trabalhou não fez o devido recolhimento previdenciário.

Além disso, também pode existir o problema do pagamento de contribuições da maneira errada (como a utilização de códigos da GPS inadequados para o tipo de atividade profissional).

Tudo isso pode fazer com que você fique irregular em algumas das suas contribuições, e demorar mais do que precisa para se aposentar, ganhando menos do que tem direito.

Para verificar a sua situação, basta ver como está o seu CNIS no Portal do MEU INSS e observar na coluna “pendências” se existe algo escrito.

É muito comum que apareçam as seguintes pendências no seu CNIS:
➤ PEXT – Pendência de vínculo extemporâneo não tratado;
➤ AEXT-VI – Acerto de vínculo extemporâneo indeferido;
➤ PVIN-IRREG – Pendência de Vínculo Irregular;
➤ PREM-EXT – Indica que a remuneração da competência do Contribuinte Individual prestador de serviço é extemporânea;
➤ IGFIP-INF – Indicador de GFIP meramente informativa, devendo o vínculo ser comprovado;
➤ PVR-CNISVR, que indica que o vínculo de trabalho ou o salário recebido estão pendentes no sistema do INSS;
➤ IREM-INDPEND – remunerações com indicadores e/ou pendências;
➤ PREM-RET – não possui declaração do campo valor retido;
➤ PADM-EMPR – inconsistência temporal, admissão anterior ao início da atividade do empregador;

Caso existam esses indicadores no seu CNIS, você precisa resolver isso no INSS antes de solicitar a sua aposentadoria, comprovando aqueles recolhimentos com os documentos necessários.

Preste bastante atenção, principalmente, no seu CNIS.
Ter um CNIS correto será a sua carta na manga para ter a melhor aposentadoria concedida.